(ENEM PPL - 2016) Os escravos tornam-se propriedade nossa seja em virtude da lei civil, seja da lei comum dos povos; em virtude da lei civil, se qualquer pessoa de mais de vinte anos permitir a venda de si prpria com a finalidade de lucrar conservando uma parte do preo da compra; e em virtude da lei comum dos povos, so nossos escravos aqueles que foram capturados na guerra e aqueles que so filhos de nossas escravas. CARDOSO, C. F. Trabalho compulsrio na Antiguidade. So Paulo: Graal, 2003. A obra Institutas, do jurista Aelius Marcianus (sculo III d.C.), instrui sobre a escravido na Roma antiga. No direito e na sociedade romana desse perodo, os escravos compunham uma
(ENEM PPL - 2016) No aniversrio do primeiro decnio da Marcha sobre Roma, em outubro de 1932, Mussolini ir inaugurar sua Via dell Impero; a nova Vida Sacra do Fascismo, ornada com esttuas de Csar, Augusto, Trajano, servir ao culto do antigo e glria do Imprio Romano e de espao comemorativo do ufanismo italiano. s sombras do passado recriado ergue-se a nova Roma, que pode vangloriar-se e celebrar seus imperadores e homens fortes; seus grandes poetas e aplogos como Horcio e Virglio. SILVA, G. Histria antiga e usos do passado: um estudo de apropriaes da Antiguidade sob o regime de Vichy. So Paulo: Annablume, 2007 (adaptado). A retomada da Antiguidade clssica pela perspectiva do patrimnio cultural foi realizada com o objetivo de
(ENEM PPL - 2016) , com tanto pau no mato Embaba* coron Com tanto pau no mato, Com tanto pau no mato Embaba coron * Embaba: rvore comum e intil por ser podre por dentro, segundo o historiador Stanley Stein. STEIN, S. J. Vassouras: um municpio brasileiro do caf, 1850-1900. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990 (adaptado). Os versos fazem parte de um jongo, gnero poticomusical cantado por escravos e seus descendentes no Brasil no sculo XIX, e procuram expressar a
(ENEM PPL - 2016) TEXTO I Embora eles, artistas modernos, se deem como novos precursores duma arte a ir, nada mais velho que a arte anormal. De h muitos j que a estudam os psiquiatras em seus tratados, documentando-se nos inmeros desenhos que ornam as paredes internas dos manicmios. Essas consideraes so provocadas pela exposio da Sra. Malfatti. Sejam sinceros: futurismo, cubismo, impressionismo e tuttiquanti no passam de outros tantos ramos da arte caricatural. LOBATO, M. Paranoia ou mistificao: a propsito da exposio de Anita Malfatti. O Estado de So Paulo, 20 dez.1917 (adaptado). TEXTO II Anita Malfatti, possuidora de uma alta conscincia do que faz, a vibrante artista no temeu levantar com os seus cinquenta trabalhos as mais irritadas opinies e as mais contrariantes hostilidades. As suas telas chocam o preconceito fotogrfico que geralmente se leva no esprito para as nossas exposies de pintura. Na arte, a realidade na iluso o que todos procuram. E os naturalistas mais perfeitos so os que melhor conseguem iludir. ANDRADE, O. A exposio Anita Malfatti. Jornal do Commercio, 11 jan. 1918 (adaptado). TEXTO III MALFATTI, A. O homem amarelo, 1915-1916. leo sobre tela, 61 x 51 cm. Disponvel em: www.estadao.com.br. Acesso em: 28 fev. 2013. A anlise dos documentos apresentados demonstra que o cenrio artstico brasileiro no primeiro quartel do sculo XX era caracterizado pelo(a)
(ENEM PPL - 2016) A imagem faz referncia a uma intensa mobilizao popular e pode ser traduzida como
(ENEM PPL - 2016) A eugenia, tal como originalmente concebida, era a aplicao de boas prticas de melhoramento ao aprimoramento da espcie humana. Francis Galton foi o primeiro a sugerir com destaque o valor da reproduo humana controlada, considerando-a produtora do aperfeioamento da espcie. ROSE, M. O espectro de Darwin. Rio de Janeiro: Ziai 2000 (adaptado). Um resultado da aplicao dessa teoria, disseminada a partir da segunda metade do sculo XIX, foi o(a)
(ENEM PPL - 2016) As camadas dirigentes paulistas na segunda metade do sculo XIX recorriam histria e figura dos bandeirantes. Para os paulistas, desde o incio da colonizao, os habitantes de Piratininga (antigo nome de So Paulo) tinham sido responsveis pela ampliao do territrio nacional, enriquecendo a metrpole portuguesa com o ouro e expandindo suas possesses. Graas integrao territorial que promoveram, os bandeirantes eram tidos ainda fundadores da unidade nacional. Representavam a lealdade provncia de So Paulo e ao Brasil. ABUD, K. M. Paulistas, uni-vos! Revista de Histria da Biblioteca Nacional, n. 34, 1 jul. 2008 (adaptado). No perodo da histria nacional analisado, a estratgia descrita tinha como objetivo
(ENEM PPL - 2016) As informaes sugeridas por Antnio Manuel esto imersas em um jornal dividido entre o real e o que podemos chamar de situacional. O artista transforma todo o clima de represso na prpria matria de seu trabalho, utilizando os meios de comunicao como arma (irnica) contra a estrutura de poder de um Estado autoritrio. SCOVINO, F. Com as armas do inimigo. Revista de Histria da Biblioteca Nacional, n. 84. set. 2012 (adaptado). No contexto histrico descrito, a estratgia adotada por alguns segmentos da imprensa para a construo de uma crtica sociopoltica foi a de
(ENEM PPL - 2016) Enfermo a 14 de novembro, na segunda-feira o velho Lima voltou ao trabalho, ignorando que no entretempo cara o regime. Sentou-se e viu que tinham tirado da parede a velha litografia representando D. Pedro de Alcntara. Como na ocasio passasse um contnuo, perguntou-lhe: Por que tiraram da parede o retrato de Sua Majestade? O contnuo respondeu, num tom lentamente desdenhoso: Ora, cidado, que fazia ali a figura do Pedro Banana? Pedro Banana! repetiu raivoso o velho Lima. E, sentando-se, pensou com tristeza: No dou trs anos para que isso seja uma Repblica! AZEVEDO, A. Vidas alheias. Porto Alegre, s.e, 1901 (adaptado). A crnica de Artur Azevedo, retratando os dias imediatos instaurao da Repblica no Brasil, refere-se ao()
(ENEM PPL - 2016) A Segunda Revoluo Industrial, no final do sculo XIX e incio do sculo XX, nos EUA, perodo em que a eletricidade passou gradativamente a fazer parte do cotidiano das cidades e a alimentar o motores das fbricas, caracterizou-se pela administrao cientfica do trabalho e pela produo em srie. MERLO, A. R. C.; LAPIS, N. L. A sade e os processos de trabalho no capitalismo: reflexes na interface da psicodinmica do trabalho e da sociologia do trabalho. Psicologia e Sociedade, n. 1, abr. 2007. De acordo com o texto, na primeira metade do sculo XX, o capitalismo produziu um novo espao geoeconmico e uma revoluo que est relacionada com a
(ENEM PPL - 2016) hoje a nossa festa nacional. O Brasil inteiro, da capital do Imprio a mais remota e insignificante de suas aldeolas, congrega-se unnime para comemorar o dia que o tirou dentre as naes dependentes para coloc-lo entre as naes soberanas, e entregou-lhe os seus destinos, que at ento haviam ficado a cargo de um povo estranho. Gazeta de Notcias, 7 set. 1883. As festividades em torno da Independncia do Brasil marcam o nosso calendrio desde os anos imediatamente posteriores ao 7 de setembro de 1822. Essa comemorao est diretamente relacionada com
(ENEM PPL - 2016) A Guerra Fria foi, acima de tudo, um produto da heterogeneidade no sistema internacional para repetir, da heterogeneidade da organizao interna e da prtica internacional e somente poderia ser encerrada pela obteno de uma nova homogeneidade. O resultado disto foi que, enquanto os dois sistemas distintos existiram, o conflito da Guerra Fria estava destinado a continuar: a Guerra Fria no poderia terminar com o compromisso ou a convergncia, mas somente com a prevalncia de um destes sistemas sobre o outro. HALLIDAY, F. Repensando as relaes internacionais. Porto Alegre: EdUFRGS, 1999. A caracterizao da Guerra Fria apresentada pelo texto implica interpret-la como um(a)